As Crônicas da Terra do Lago

As Crônicas da Terra do Lago - O primeiro ministro - Um reino oprimido por um impiedoso invasor em uma terra distante. Magia e aventura por entre florestas e castelos na busca da jovem princesa Diana por seu reino perdido.

sábado, 30 de abril de 2011

Falando de coisa séria

Um homem que o mundo não pode esquecer
Por Iracy Araujo


Amanhã é domingo, dia primeiro de maio de 2011, e os olhos e corações do mundo se voltarão ao Vaticano, para a pequena cidade-estado, pequena em tamanho, mas repleta de numerosas histórias e relíquias. Lembro-me que um dia quando ainda era criança ouvi no rádio que o papa havia morrido e estavam escolhendo um substituto, esse homem foi Karol Jósef Wojtyla, que entrou para a história do mundo como João Paulo II. Cresci acostumada a ver aquele polonês que acabou por tornar-se tão intimo de todos nós, a percorrer o mundo levando a palavra do Cristo. Imitando o Bom Pastor ele ia ao campo procurar por suas ovelhas, não importando em qual lugar do planeta elas estivessem, e nós somos muitas ovelhas, algumas seguras no rebanho, outras perdidas, mas todas precisando de luz. Sim precisamos de luz, de água, de alimento e acima de tudo de fé, nós precisamos de Deus mesmo que alguns de nós, espalhados aos quatro ventos, relutem em admitir isso.
Mas podemos dizer que um milagre aconteceu e por esse milagre amanhã o nosso amado polonês será beatificado, um papa que correu o mundo levando a mensagem de Deus, um homem que o mundo não pode esquecer.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Poemas da lua - o azul sombrio

O azul sombrio

Enquanto a luz a terra desce
A imensidão em mim revoa
A treva que volteia e cresce
O infinito na lagoa

Pudera o amor assim nascer
Na inquietude dessa hora
E no meu peito florescer
À força da luz da aurora

Mas triste percebo que embora
Com a plenitude do meu canto
A luz se esconde nessa hora
A sombra cobre-me com seu manto

E nessa vida segue o rumo
O triste fim e o devaneio
A me perder assim sem prumo
No escuro azul do nevoeiro


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Poemas da Lua - Dor e Sentimento

Dor e sentimento

Um sentimento novo nasce, no meu peito o fogo impera.         
Com a luz da lua a terra desce e assim tão forte prolifera.
 Pudera não sentir tal fogo ardendo a queimar-me a alma nessa quimera.     
 E perceber o quanto estou sofrendo. A própria luz não passa da janela.
Qual escuridão na minha vida surge. As sombras voam pela alvorada.
E sufocando nessa plenitude faz ecoar a dor na orla dessa estrada.
O vento não sopra mais a brisa amena. O fogo se espalha e a dor do sentimento
Embora não possa ser assim pequena, não posso fugir de todo este tormento

terça-feira, 19 de abril de 2011

Falando de coisa séria

A chuva na cidade

Por Iracy Araujo



Chove água, chove tempestade, chove aborrecimento, chove sofrimento, chove sentimento, chove água na cidade. Neste ano a chuva encontra-se mais presente em nosso cotidiano, quer embalando nossos sonhos, quer tirando nosso sono, quer atrapalhando nosso trânsito ou quer deixando o nosso cantinho dentro de casa mais aconchegante. O fato é que sempre nos perguntamos: nós realmente estamos preparados para a época de chuvas?
 Nesse momento é importante salientar as medidas de contenção de encostas em nossos morros e a ocupação indevida das áreas de risco, duas situações que se não forem bem orquestradas podem contribuir para grandes catástrofes por que afinal, uma única vida perdida por si só já é uma tragédia.
O trânsito já complicado das grandes cidades tende a tornar-se um grande exercício de paciência do próprio motorista e daqueles que esperam por ele sejam em seus trabalhos, escolas, consultórios ou tantas outras atividades da vida moderna. Às vezes não se consegue chegar ao destino nem voltar para casa ficando o angustiado motorista preso no meio da estrada, em meio a um caos de buzinas e água. Mas nem  tudo vai por água abaixo, me perdoem o trocadilho, numa manhã de chuva, se olharmos por outro ângulo poderemos ver a beleza dos rios caudalosos correndo como grandes artérias por entre nosso indiferente asfalto, as folhas das árvores ficam mais belas, de um verde intenso, o ar que insistentemente respiramos se torna mais limpo e o cheiro de terra molhada que se espalha no ar nos faz esquecer um pouco da selva de concreto em que vivemos por que hoje chove na cidade.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Falando de coisa séria

Tragédia do Realengo – Rio de Janeiro

Falando de coisa séria

Por Iracy Araujo


Nesta segunda 18 de abril recomeçaram as aulas para algumas das crianças que estudam na Escola Municipal Tasso da Silveira. Volta às aulas geralmente é motivo de alegria: livros novos, cadernos e lápis coloridos, fardamento e mochila arrumados, rever amigos, muitos e muitos amigos. Mas este recomeço é diferente, tem um sabor amargo na boca e um nó no estômago, uma sensação de que falta algo, e realmente falta. Faltam alguns amigos: uns perdidos para sempre, outros que não pretendem voltar diante de tantas lembranças ruins, àquelas do gosto amargo que não conseguimos engolir. E o que poderemos dizer a estas crianças, tão prematuramente expostas à dor da perda, ao sofrimento? O que poderemos dizer a estes pais? Afinal nada pode repor a perda que eles tiveram, mas como dar conforto, como dar esperança, como se consegue voltar a sorrir depois de algo assim.
Não é fácil este recomeço, onde tantas imagens e emoções se entrelaçam, mas é preciso recomeçar pelos que ficaram, pelos que se foram, por todos nós que esperamos que fatos como este nunca se repitam, que sorrisos não se apaguem, que sonhos se concretizem, que nossas crianças vivam e cresçam em paz.

O manto da noite

Quando a noite tece o manto do sonho azul, do devaneio, posso sentir que a vida canta, apesar de todo nevoeiro. Se essas pedras no caminho puderem enfim me derrubar, não posso crer que terei um ninho se não puder te alcançar. (poemas da lua)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

As crônicas da Terra do Lago

Em julho estarei lançando " O primeiro ministro ", meu primeiro livro, pela coleção Novos Talentos da Literatura Brasileira da Editora Novo Século. Uma aventura de capa e espada repleta de magia e emoção no distante reino da Terra do Lago. Convido vocês para esta aventura.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sentimento - poemas da lua


Sentimento

Pudera sentir na eternidade a aurora
A noite sombria que acolhe meu canto
As trevas imperam nessa noite embora
A plenitude tenta espalhar seu manto

O sonho se foi e todo o sentimento
Na noite se perde nessa amplitude
E mesmo enfrentando todo esse tormento
Sigo buscando fugir dessa inquietude

Embora os sonhos possam se perder
Embora meu mundo siga sem razão
A sombra da lua insiste em se esconder
A própria luz se apaga nessa emoção

Quisera a noite não ser tão sombria
Puder enfim não ter o que esquecer
Achar de volta a flor da minha vida
Achar a paz nesse amanhecer
(poemas da lua)

domingo, 10 de abril de 2011

Sonhos

Um sonho que se vislumbra no tempo
À noite, que nos leva todos embora
Se fosse da minha vida o intento
De desvendar contigo a aurora
Suposto que possa vir a contento
E achar minha alegria de outrora
Poder ver no silêncio da noite
A nova vida que busco agora

A terra

A vida que escorre ao longe
Da plenitude aprimorada
Por certo se vê ao longe
Daquela terra abençoada

Se fomos então ao longo
Desta floresta encantada
Veremos enfim o sonho
A espalhar-se nessa estrada
(poemas da lua)